GANHAM O ESTADO E A SOCIEDADE

Reportagem do Valor Econômico reacende o debate sobre legalização das apostas esportivas

A repercussão da reportagem é animadora, pois o conceito aplicado pela grande mídia aos jogos online é o mesmo que deve ser aplicado ao jogo presencial

Bastou que o Valor Econômico veiculasse a reportagem a ‘Aposta online cresce no país, mesmo sem ter regulamentação’ para que o tema voltasse a pauta da mídia com força, principalmente na mídia formadora de opinião.

No vácuo do Valor, a Rádio CBN veiculou longa reportagem na última segunda-feira (30) abordando o tema da seguinte forma: “sites são sediados em locais onde os jogos de azar são permitidos, mas têm nos brasileiros um dos maiores públicos. O estudo da FGV aponta que o setor geraria um lucro de R$ 600 milhões por ano ao Tesouro Nacional caso fosse legalizado”, conclui a reportagem.

A repercussão é animadora, pois o conceito aplicado pela grande mídia aos jogos online é o mesmo que deve ser aplicado ao jogo presencial. Apenas a legalização deste setor poderá gerar controle e dividendo pelo Estado.

Sem terceira via

Como bem define um especialista que conhece outros modelos de legalização de países que enfrentaram a questão do jogo ilegal: “O Poder Público tem que entender que temos apenas duas opções: jogo legal e ilegal. A terceira opção 'não jogo' não existe. Quem é contra o jogo legal é a favor da ilegalidade”.
A legalização das apostas esportivas vinha sendo discutida isoladamente junto com a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte – LRFE, mas após a edição da MP ProFut, que visa modernizar o futebol brasileiro, o assunto voltou a estaca zero. Até o momento, foram apresentadas 181 emendas a Medida Provisória (
veja aqui) para modificar o texto original elaborado pelo Poder Executivo. As sugestões foram apresentadas durante as sessões desta semana e serão debatidas pelos parlamentares quando o documento entrar na pauta do Congresso. (BNL)